É, em teoria, possível ser vagamente preciso torcer os parafusos sem uma chave de torque real.
O torque é medido em força aplicada multiplicada pelo comprimento do braço da alavanca. Atinge-se o mesmo torque aplicando uma força de 10 libras na extremidade de uma alavanca de 6 polegadas, como se aplica uma força de 5 libras na extremidade de uma alavanca de 12 polegadas. Em ambos os casos, o torque é de libras vezes polegadas - 60 libras. (E pode facilmente fazer a conversão para libras-pé ou newton-metros ou o que quer que seja.)
Medir o comprimento da alavanca é bastante fácil, claro (embora seja necessário tomar nota de onde na alavanca que se aplica a força – o “comprimento” é desse ponto até ao ponto pivot). No entanto, obter uma boa estimativa da força é mais complicado.
A mecânica hábil da bicicleta tende a desenvolver um “braço calibrado”, e pode sentir, dentro de uma margem aceitável, quanta força está a aplicar. (Entenda que estar dentro de um factor de 2 é geralmente adequado.) O mecânico de sábado à tarde, por outro lado, pode não ser tão hábil.
Pode-se presumivelmente desenterrar um equilíbrio de mola e usá-lo para aplicar a força na alavanca (punho da chave de bocal), mas se tiver tanto trabalho, mais vale arranjar uma chave de binário. Mas, se tiver alguns objectos para os quais conhece o peso, é possível levantar o peso “de referência”, obtendo uma “sensação” para ele, e depois aplicar a mesma força à alavanca. Pode-se até ser “mais ou menos” preciso escalar pela metade ou por 2x (embora para além disso seja questionável).
Note que não estou a dizer que tais técnicas de “árvore de sombra” são preferíveis a ter as ferramentas adequadas, apenas que existe a opção, se for apanhado num encadernação.